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Theoretical Studies on the Desulfurization of Benzothiophene (Thianaphthene) and Thienothiophene (Thiophthene) by Carbon-Sulfur Bond Cleavage: Binuclear Iron Carbonyl Intermediates | Request PDF
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23.94Xihua University+ 3Show more authorsAbstractThiophene is known experimentally to be desulfurized by Fe3(CO)12 under mild conditions to give the tricarbonyl ferrole (η4,η2-C4H4)Fe2(CO)6. A similar reaction of benzothiophene (thianaphthene) with Fe3(CO)12 gives a (C8H6S)Fe2(CO)6 complex in which an iron carbonyl moiety has inserted into the thiophene ring to give a thiaferranaphthalene ligand. Density functional theory shows this experimental structure to be the lowest energy structure. Furthermore, the lowest energy structures of the diiron pentacarbonyl (C8H6S)Fe2(CO)5 are simply derived from this (C8H6S)Fe2(CO)6 by loss of a CO group retaining the thiaferranaphthalene ligand. However, a higher energy isomeric (η6,η2-C8H6S)Fe2(CO)5 structure retains the original benzothiophene ligand with the C6 ring bonded to an Fe(CO)2 moiety as a hexahapto ligand and the CC double bond of the C4S ring bonded to an Fe(CO)3 moiety as a dihapto ligand with an Fe→Fe dative bond between the iron atoms. Similar insertion of an iron atom into a thiophene ring to give a thiaferrabenzene ring is predicted to occur in the lowest energy (C6H4S2)Fe2(CO)6 structure derived from either the anti or syn isomers of thienothiophene. However, the bonding of the exocyclic iron atom to the resulting thiaferrabenzothiophene ligand involves atoms in both rings in contrast to the (C8H6S)Fe2(CO)6 complex where the benzene ring is not involved in the ligand–iron bonding.Do you want to read the rest of this article?Request full-text
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Rev. psiquiatr. clín. vol.34 no.4 S?o Paulo
http://dx.doi.org/10.-00002
ARTIGO ORIGINAL
Valida&&o da
vers&o brasileira do Questionnaire of Smoking Urges-Brief
Validation of the Brazilian version of Questionnaire
of Smoking Urges-Brief
Renata Brasil AraujoI; Margareth
da Silva OliveiraII; Jo&o Feliz Duarte MoraesIII;
Rosemeri Siqueira PedrosoIV; Franciny PortV; Maria da
Gra&a Tanori de CastroIV
IDoutora em Psicologia pela Pontif&cia
Universidade Cat&lica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Professora e supervisora
da Wainer & Piccoloto – Centro de Psicoterapia Cognitivo-Comportamental
IIDoutora em Ci&ncias pela Universidade Federal de S&o
Paulo (Unifesp). Orientadora da PUCRS
IIIDoutor em Gerontologia Biom&dica pela PUCRS
IVMestra em Psicologia Cl&nica pela PUCRS
VPsic&loga e auxiliar de pesquisa volunt&ria da PUCRS
CONTEXTO: A avalia&&o do
craving (ou fissura) & muito importante no tratamento do tabagismo.
OBJETIVO: O objetivo desta pesquisa foi validar a vers&o brasileira
do Questionnaire of Smoking Urges-Brief (QSU-B).
M&ETODOS: O delineamento foi experimental, e seus participantes
foram divididos, aleatoriamente, em grupos de zero, 30 e 60 minutos de abstin&ncia
do tabaco. A amostra foi de 201 sujeitos (134 mulheres e 67 homens), entre 18
e 65 anos (M = 38,15), e os instrumentos aplicados, al&m do QSU-B, foram:
Ficha com Dados Sociodemogr&ficos, Escala Anal&gico-Visual do
Craving, Fagerstr&m Test for Nicotine Dependence e Invent&rios
Beck de Ansiedade e de Depress&o.
RESULTADOS: A an&lise fatorial com dois fatores teve vari&ncia
total de 78,46% e a correla&&o entre esses fatores foi significativa
e de alta intensidade (r = 0,636; p & 0,001). Todos os valores de alfa de
Cronbach do QSU-B estavam acima de 0,70. Observou-se correla&&o
do total do QSU-B com a Escala Anal&gico-Visual (r = 0,656; p & 0,001)
e com a quest&o 1 (r = 0,201; p = 0,004) e a 2 (r = 0,257; p & 0,001)
de Fagerstr&m.
CONCLUS&AO: A vers&o brasileira do QSU-B demonstrou ser
adequada, psicometricamente, para o uso tanto em pesquisas como nos atendimentos
aos dependentes de tabaco.
Palavras-chave: QSU-B, craving, urge,
tabaco, valida&&o, escala.
BACKGROUND: The evaluation of craving
is very important to treatment of tobacco dependence.
OBJECTIVE:The objective of this research was to validate the Brazilian
version of the Questionnaire of Smoking Urges-Brief (QSU-B).
METHOD: Subjects enrolled to this experimental study were randomized
into groups of zero, 30 and 60 minutes of tobacco abstinence. The study group
was composed by 201 subjects (134 females and 67 males), age range: 18 to 65
(M = 38.15). The assessment instruments were, in addition to the QSU-B: Social
and Demographical Data Form, Visual Analogic Scale for Craving, Fagerstr&m
Test for Nicotine Dependence and Anxiety and Depression Beck Inventories.
RESULTS: The two-factor factorial analysis presented a total variation
of 78.46% and the correlation between these factors was significant and of high
intensity (r = 0.636; p & 0.001). All Cronbach?s alpha values from QSU-B
were above 0.70. We observed a correlation between the QSU-B total score and
the Visual Analogic Scale (r = 0.656; p & 0.001), and also with Fagerstr&m?s
question 1 (r = 0.201; p = 0.004) and question 2 (r = 0.257; p & 0.001).
CONCLUSION: QSU-B?s Brazilian version proved to be an adequate psychometric
instrument for the use both in research and in clinical settings.
Key-words: QSU-B, craving, urge, tobacco,
validation, scale.
Introdu&&o
O tabaco, de acordo com a Organiza&&o
Mundial da Sa&de e a Health Evidence Network (2003), & uma das
principais causas evit&veis de mortes ocorridas prematuramente no mundo.
Cerca de quatro milh&es de pessoas morrem por ano em fun&&o
de doen&as decorrentes dos derivados do tabaco. No Brasil, de cada 100
pessoas que morrem de c&ncer no pulm&o, 90 s&o fumantes,
sendo o fumo respons&vel por 85% das mortes por doen&a broncopulmonar
obstrutiva cr&nica e por 25% das mortes por doen&as cardiovasculares,
sendo importante que sejam elaborados planos mais efetivos para o tratamento
dos dependentes dessa subst&ncia (Gigliotti et al., 1999).
Segundo a Classifica&&o Internacional
de Doen&as CID-10 (Organiza&&o Mundial da Sa&de,
1993), no que se refere & depend&ncia de subst&ncias psicoativas,
a compuls&o, ou perda do controle do uso da droga, & um aspecto
enfatizado que demonstra a import&ncia do craving para a manuten&&o
dos comportamentos aditivos (Miyata e Yanagita, 2001).
Craving & um termo muito utilizado
na &rea da depend&ncia qu&mica e pode ser entendido como
um desejo intenso de usar uma determinada subst&ncia, sendo uma vari&vel
importante para se observar no tratamento de dependentes qu&micos, entre
os quais os tabagistas (Beck et al., 1993; Kozlowski e Wilkinson, 1987).
Muitos dependentes relatam que a dificuldade em interromper o uso do tabaco
se relaciona com a sua falta de habilidade em enfrentar o craving e resistir
ao impulso de utilizar a subst&ncia, mesmo sabendo dos preju&zos
relacionados a esse comportamento. Esses fatores – desejo (craving) e
impulso (urge) – e sua inter-rela&&o acabam por interferir
na motiva&&o dos indiv&duos para interromper o consumo
do tabaco (Marlatt e Gordon, 1993).
Alguns autores descrevem o craving como
um termo que engloba n&o somente o desejo de utilizar uma droga, mas
tamb&m a inten&&o de realizar esse desejo, a antecipa&&o
dos efeitos refor&adores associados & sua utiliza&&o
e o al&vio do afeto negativo e dos sintomas relacionados & abstin&ncia
(Beck et al., 1993; Cox et al., 2001; Sayette et al., 2000;
Tiffany e Drobes, 1991), sendo essa conceitualiza&&o te&rica
respons&vel por considerar urge e craving como tendo equival&ncia
de significados.
Marlatt e Gordon (1993) destacam que, apesar
de esses dois termos poderem ser utilizados indiscriminadamente, & importante
avaliar quais foram as situa&&es que estimularam o craving
para que sejam mais bem trabalhadas as estrat&gias de preven&&o
de reca&da.
O Questionnaire of Smoking Urges-Brief (QSU-B)
(Cox et al., 2001) & a vers&o breve do Questionnaire of
Smoking Urges (QSU) (Tiffany e Drobes, 1991), sendo esta &ltima uma escala
desenvolvida para avaliar o craving em tabagistas, amplamente utilizada
em pesquisas e validada em diversos pa&ses, como Espanha, Inglaterra,
Fran&a e Alemanha (Cepeda et al., 2001; Davies et al.,
2000; Guillin et al., 2000; Mueller et al., 2001; Teneggi et
al., 2002). O QSU & composto por 32 quest&es relativas ao
craving (19 afirmativas e 13 negativas), enquanto sua vers&o breve
& estruturada com 10 quest&es afirmativas.
As duas escalas podem ser analisadas de tr&s
formas distintas: por meio do somat&rio total de pontos, da avalia&&o
de quatro categorias (Desejo de F Antecipa&&o de Resultado
P Al&vio dos Sintomas de Priva&&o ou Afeto N
e Inten&&o de Fumar), e por meio de dois fatores, o primeiro – 
o fator 1 – relacionado & inten&&o principal, ao desejo
de fumar e & antecipa&&o do prazer de fumar, e o segundo
 – o fator 2 – formado pela antecipa&&o do al&vio do afeto
negativo, dos sintomas da abstin&ncia de nicotina, e pelo desejo urgente
e arrebatador de fumar (Cox et al., 2001; Tiffany e Drobes, 1991).
Na valida&&o do QSU, realizou-se
um estudo em laborat&rio, com 230 sujeitos tabagistas, dos sexos masculino
ou feminino e que n&o estavam tentando interromper o uso do tabaco. Os
autores dividiram os participantes em tr&s grupos com diferentes n&veis
de priva&&o dessa subst&ncia: 0, 1 ou 6 horas. Observou-se
que a pontua&&o nos dois fatores de craving aumentava &
medida que se incrementava o tempo de abstin&ncia do cigarro. O fator
1, nessa pesquisa, pontuou significativamente mais que o fator 2, independentemente
do tempo de priva&&o do tabaco (Tiffany e Drobes, 1991). No Brasil,
esse instrumento foi validado por Araujo et al. (2006).
A Valida&&o do QSU-Brief (Cox
et al., 2001), por outro lado, constou de dois estudos: um, em laborat&rio,
com uma amostra de 221 tabagistas dos quais se avaliou o craving ap&s
serem apresentados est&mulos neutros ou tabaco-relacionados, e outro,
cl&nico, com 112 tabagistas que tinham seu craving avaliado antes
e 2 semanas ap&s ter sido iniciado o tratamento para essa depend&ncia.
No estudo em laborat&rio, esse instrumento obteve alfa de Cronbach de
0,97 em sua medida global (total de pontos), sendo tal medida significativamente
correlacionada com o escore global do QSU (r = 0,5123, p & 0,001), e alfa
de 0,96 e 0,93 para os fatores 1 e 2, respectivamente. No estudo cl&nico,
o alfa de Cronbach total foi de 0,89 e 0,87 em medidas antes e
0,86 e 0,76 do fator 1 (antes e depois) e 0,78 e 0,70 do fator 2 (antes e depois).
Os resultados foram consistentes com a express&o do craving da
vers&o de 32 itens e corroboraram o conceito de craving como multidimencional.
No QSU-Brief, o fator 1 foi composto por dois itens da categoria "Desejo
de Fumar", dois da "Inten&&o de Fumar" e um da
"Antecipa&&o do resultado positivo" e o fator 2, por
dois itens do "Al&vio dos sintomas da abstin&ncia ou afeto
negativo", um da "Antecipa&&o do resultado positivo",
um do "Desejo de Fumar" e um da "Inten&&o de Fumar" (Cox et al., 2001).
Cox et al. (2001) n&o puderam,
analisando o QSU-B, identificar claramente o modelo de refor&o positivo
do fator 1 (aumento da resposta de fumar em decorr&ncia do prazer associado
a esse comportamento) e de refor&o negativo do fator 2 (aumento da resposta
de fumar pela retirada do desconforto associado a abstin&ncia ou afeto
negativo) dos dois fatores, que havia sido evidenciado por Willer et al.
(1995) ao pesquisarem a vers&o original dessa escala (QSU). Eles observaram
que os dois fatores, mesmo representando distintas express&es do craving,
estavam fortemente correlacionados entre si em todas as amostras pesquisadas.
Shadel et al. (2001) procuraram analisar
se o fato de preencher o QSU-Brief (Cox et al., 2001) poderia
elevar o craving pelo tabaco, em fun&&o de esse instrumento
conter frases que poderiam servir como est&mulo para fumar, e n&o
encontraram aumento na intensidade do craving ap&s o preenchimento
da escala.
Tanto a vers&o original do QSU quanto
a vers&o breve s&o instrumentos que avaliam o craving em
seu car&ter multidimensional e din&mico. O QSU-B, tendo poucos
itens, & uma escala de f&cil e r&pida aplica&&o,
visto que mant&m as medidas psicom&tricas da vers&o original,
o que corrobora sua efetividade para a avalia&&o do craving
em tabagistas (Cox et al., 2001; Tiffany e Drobes, 1991).
Anton e Drobes (1998) indicam que, muitas vezes
na avalia&&o do craving, n&o se considera a validade
dos instrumentos, nem s&o observadas as caracter&sticas espec&ficas
do craving de acordo com a subst&ncia psicoativa a qual se relaciona,
havendo, nesses casos, claro preju&zo & fidedignidade de sua mensura&&o.
Em virtude do n&mero reduzido de instrumentos
validados para a avalia&&o do craving do tabaco no Brasil
(Araujo et al., 2006) e da necessidade de instrumentos mais breves para
a facilita&&o de sua aplica&&o na cl&nica,
este estudo tem como objetivo realizar a valida&&o sem&ntica
e psicom&trica da vers&o brasileira do Questionnaire of Smoking
Urges-Brief (Cox et al., 2001).
Delineamento
Este estudo teve um delineamento experimental,
sendo a vari&vel craving manipulada por meio do controle do tempo
em abstin&ncia do tabaco.
A amostra foi por conveni&ncia e composta
por 201 sujeitos dos sexos masculino (n = 67) ou feminino (n = 134). A aloca&&o
dos participantes nos grupos foi randomizada. Quanto ao perfil desses indiv&duos:
uma parte era de funcion&rios de um hospital psiqui&trico (n =
57) e os demais, da popula&&o geral (n = 144).
Os participantes preenchiam os crit&rios
para depend&ncia de nicotina pela CID-10 (Organiza&&o Mundial
da Sa&de, 1993), utilizavam o tabaco havia, pelo menos, um ano (M = 21,41 SD = 12,40), tinham, no m&nimo, a quinta s&rie do Ensino
Fundamental (M = 12,2 SD = 2,74) e estavam na faixa et&ria
entre os 18 e 65 anos de idade (M = 38,15 SD = 11,93). Eles fumavam, em
m&dia, 17,17 cigarros por dia (SD = 11,0), sendo a m&dia de pontos
obtida na Escala Fagerstr&m equivalente & 4,14 (SD = 2,58), o que
& qualificado por Achutti (2001) como grau leve de tabagismo. Com rela&&o
& motiva&&o para interromper o uso do tabaco, 14 sujeitos
n&o pretendiam parar, 133 disseram que o fariam "algum dia",
11, no ano seguinte, 17, no m&s seguinte, 9, na semana seguinte e 15 tentariam
ao final daquele mesmo dia (n = 199; missing = 2).
Era crit&rio de exclus&o depender
ou fazer "uso nocivo" de outras subst&ncias psicoativas de acordo
com a CID-10 (Organiza&&o Mundial da Sa&de, 1993), salvo
a cafe&na, utilizar algum tipo de psicof&rmaco, estar abstinente
de nicotina havia mais de 24 horas ou estar tentando interromper o uso do tabaco.
Instrumentos
O Questionnaire of Smoking Urges-Brief (Cox et
al., 2001) – Vers&o em portugu&s ()
& uma escala para avaliar craving composta por 10 quest&es
afirmativas, diante das quais o indiv&duo se posiciona utilizando uma
escala likert de 7 pontos que vai de "discordo totalmente"
at& "concordo totalmente". O QSU-B pode ser analisado por meio
do somat&rio total de pontos, dos pontos das categorias (), e dos pontos dos fatores 1 (quest&es 1, 3, 7 e 10) e 2 (quest&es
4, 8 e 9). Os pontos de corte da vers&o brasileira, obtidos a partir
dessa amostra, para o total de pontos da escala, s&o: de 0 a 13 pontos,
craving m& de 14 a 26, de 27 a 42, e de 43
ou mais pontos, craving intenso. Os pontos de corte obtidos para o fator
1 s&o: de 0 a 6 pontos, craving m& de 7 a 15,
de 16 a 23, e de 24 ou mais pontos, craving intenso. Para o
fator 2: de 0 a 2 pontos, craving m& de 3 a 4, de 5
a 9, e de 10 ou mais pontos, craving intenso.
Ficha com dados sociodemogr&ficos – Utilizada
para identificar caracter&sticas da amostra, fatores relacionados ao
consumo do tabaco, a motiva&&o para interromper esse uso e crit&rios
de inclus&o e exclus&o.
Escala Anal&gico-Visual para avaliar o
craving – O participante deveria dar uma nota para o seu craving,
entre 0 (n&o apresenta craving) e 10 (craving muito forte),
assinalando esse valor em uma escala de 10 cent&metros. A Escala Anal&gico-Visual
para avaliar o craving & amplamente utilizada em pesquisas (Araujo
et al., 2006; Franken et al., 2002; Mueller et al., 2001;
Dols et al., 2002; Karg, 2002; Singleton et al., 2003; Steuer
e Wewers, 1989), sendo importante instrumento na valida&&o convergente
com o QSU-B.
Fagerstr&m Test for Nicotine Dependence
(FTND) – desenvolvido por Fagerstr&m (1978) e depois readaptado por Healtherton
et al. (1991) & um teste que avalia o padr&o t&pico
de fumar e classifica a depend&ncia de nicotina em leve, moderada ou severa.
Utilizou-se, neste estudo, a vers&o validada para os tabagistas, no Brasil,
por Carmo e Pueyo (2002). Al&m de definir o perfil da gravidade do tabagismo
da amostra, o total de pontos do FTND, a quest&o 1 ("Quanto tempo
voc& demora para fumar seu primeiro cigarro depois de se levantar pela
manh&?") e a 2 ("Para voc& & dif&cil abster-se
e n&o fumar naqueles lugares onde est& proibido, como, por exemplo,
um hospital, biblioteca, igreja, &nibus etc.?") foram utilizadas
no estudo correlacional.
Invent&rio Beck de Depress&o (Beck
e Steer, 1993) – &E uma escala destinada a medir a intensidade dos sintomas
de depress&o, tanto em pacientes psiqui&tricos como na popula&&o
geral. Seu escore total resulta da soma dos pontos. A vers&o em portugu&s
foi validada por Cunha (2001). &E formada por 21 itens, cada um com quatro
alternativas, entre as quais o sujeito deve escolher as mais aplic&veis
ao momento. O escore total resulta da soma dos pontos. Os pontos de corte para
pacientes psiqui&tricos da vers&o de Cunha (2001) s&o:
0 a 11 = m& 12 a 19 = de 20 a 35 = e de 36 a 63
Invent&rio Beck de Ansiedade (Beck e Steer,
1993) – &E um question&rio, tamb&m validado para o Brasil
por Cunha (2001), composto por 21 itens, que tem por objetivo medir a gravidade
dos sintomas de ansiedade. O escore total & obtido pelo somat&rio
dos escores de cada item. Os pontos de corte para pacientes psiqui&tricos
s&o, segundo Cunha (2001): 0 a 10 = m& 11 a 19 = de
20 a 30 = e de 31 a 63 = grave.
Procedimentos
Valida&&o sem&ntica
Para a tradu&&o e a valida&&o
sem&ntica do QSU-B, foram seguidas algumas etapas com base nos estudos
de Ciconelli (1997) e Pasquali (1998):
1) O QSU-B foi traduzido da l&ngua inglesa
para a l&ngua portuguesa por uma professora de ingl&s, com gradua&&o
em Letras (habilita&&o para l&ngua inglesa), que conhecia
o objetivo da tradu&&o.
2) O instrumento traduzido foi aplicado a 10
sujeitos com o objetivo de avaliar a compreens&o das quest&es
e levantar d&vidas quanto ao seu sentido.
3) Realizou-se um brainstorming: 5 sujeitos
foram reunidos e deveriam reproduzir verbalmente cada item que comp&e
o instrumento, sendo questionados, ent&o, quanto & clareza de
seu significado.
4) Back-translation: Um nativo de l&ngua
inglesa, com flu&ncia na l&ngua portuguesa e desconhecedor do
objetivo da tradu&&o, reverteu a primeira tradu&&o
do instrumento para o idioma de origem (ingl&s).
5) A partir do back-translation, o question&rio
foi novamente traduzido para a l&ngua portuguesa, por&m por
uma psic&loga brasileira, residente nos Estados Unidos, com flu&ncia
na l&ngua inglesa e que tinha conhecimento da finalidade dessa &ltima
6) Reuniu-se um Comit& de Ju&zes
Especialistas, do qual fizeram parte sete profissionais: cinco especialistas
em depend&ncia qu&mica e dois com experi&ncia em pesquisa
e valida&&o de instrumentos psicol&gicos. Esses profissionais
compararam as vers&es do instrumento, analisando se as quest&es
da escala estavam, de fato, relacionadas a craving e identificaram
os itens das duas vers&es traduzidas para a l&ngua portuguesa
que eram mais adequados ao objetivo do instrumento e & realidade brasileira.
Produziu-se, a partir da devolu&&o feita pelos membros do Comit&,
a vers&o em portugu&s do instrumento.
7) Estudo piloto – Esta vers&o foi,
nesta etapa, aplicada a 20 sujeitos com as caracter&sticas da amostra
pesquisada que teriam de verificar a adequa&&o gramatical e
funcional do QSU-B. Ap&s as modifica&&es sugeridas, produziu-se
a vers&o final do instrumento, na qual foram acrescentados os n&meros
de 1 a 7 acima dos pontos da escala likert, que visualmente estariam
relacionados a esses n&meros na escala original. Durante a valida&&o
sem&ntica, o QSU-B apresentou-se, para a amostra brasileira, como sendo
uma escala de f&cil entendimento, com tempo m&dio de aplica&&o
de 1 minuto. Na vers&o final, optou-se por manter as iniciais do nome
na l&ngua inglesa (QSU-B), em virtude das diverg&ncias quanto
&s tradu&&es de urge e craving, sendo acrescentado,
por&m, o complemento "vers&o brasileira". O termo
craving foi traduzido como desejo intenso, e n&o fissura, em
fun&&o de esse &ltimo ser um termo popular que sofre
influ&ncias regionais e, por n&o ser muito comum sua aplica&&o,
segundo os ju&zes deste estudo, ao se fazer refer&ncia ao desejo
pelo tabaco.
Coleta de dados
Com o t&rmino do estudo piloto, exclu&ram-se
os protocolos de pesquisa desta primeira fase da valida&&o, sendo,
ent&o, iniciada nova coleta de dados.
Os participantes, nesta etapa seguinte, que preencheram
os crit&rios de inclus&o, foram encaminhados para uma entrevista
individual de avalia&&o, quando se completou a ficha com dados
sociodemogr&ficos.
A amostra foi randomizada em tr&s subgrupos
com o objetivo de manipular o craving: grupo 1, com 0 (zero) minuto em
abstin& grupo 2, com 30 e grupo 3, com 60 minutos. Essa
varia&&o do tempo de consumo do &ltimo cigarro tamb&m
foi o crit&rio utilizado, na valida&&o americana do QSU,
como forma de controlar a intensidade do craving.
Os sujeitos que n&o preencheram nenhum
crit&rio de exclus&o foram, ent&o, acompanhados para que
fumassem, longe da sala de entrevista, tornando poss&vel que se avaliasse
o exato momento do consumo do tabaco, sendo, em seguida, aplicados os instrumentos.
A ordem de aplica&&o dos instrumentos de avalia&&o
do craving foi determinada a partir da verifica&&o do grupo
do qual cada participante faria parte, sendo esta realizada na fase inicial
(grupo 1), intermedi&ria (grupo 2) ou na fase final da aplica&&o
(grupo 3) do protocolo. Como o total de tempo da aplica&&o dos
instrumentos era em torno de 60 minutos, esse controle da ordem de aplica&&o
possibilitou que os sujeitos se mantivessem por todo o per&odo na presen&a
do aplicador.
An&lise de dados
Os dados foram organizados no Programa Statistical
Package for the Social Sciences (SPSS) vers&o 12.0. Utilizaram-se os
seguintes testes estat&sticos: testes descritivos (para caracteriza&&o
da amostra e delimita&&o dos pontos de corte do QSU-B), o alfa
de Cronbach (na avalia&&o da consist&ncia interna), sendo
tamb&m utilizados a an&lise fatorial (para avaliar a distribui&&o
das quest&es nos fatores da escala) e o coeficiente de correla&&o
linear de Pearson (no estudo correlacional das vari&veis e na validade
convergente), Teste Qui-Quadrado (para avaliar a associa&&o entre
as vari&veis categ&ricas), Teste T de Student (para amostras
independentes, na compara&&o da m&dia de dois grupos),
an&lise de vari&ncia (ANOVA) (para compara&&o entre
as m&dias dos tr&s grupos experimentais) e regress&o linear
(para identificar o modelo explicativo dos dois fatores). O n&vel de
signific&ncia considerado satisfat&rio foi o de 5%.
Resultados
Caracteriza&&o da amostra distribu&da
nos tr&s grupos
A amostra total (n = 201) foi distribu&da
em: grupo 1 (0 minuto em abstin&ncia), no qual ficaram 69 sujeitos, grupo
2 (30 minutos), com 60 sujeitos, e grupo 3 (60 minutos), que foi composto por
71 sujeitos.
Compararam-se, entre os tr&s grupos, por
meio da ANOVA, as m&dias de vari&veis importantes para a caracteriza&&o
da amostra. Os resultados obtidos podem ser observados na
e demonstram n&o haver diferen&a significativa entre os
tr&s tempos de abstin&ncia com rela&&o &s vari&veis
analisadas (p & 0,05).
Quanto & distribui&&o dos
sexos, no grupo 1, 24 sujeitos eram do sexo masculino e 46, do feminino, no
grupo 2, 20 eram do masculino e 40, do feminino e, no grupo 3, 23 eram do masculino
e 48, do feminino. Utilizou-se o Teste Qui-Quadrado para verificar se havia
associa&&o entre o tempo de abstin&ncia e as vari&veis
sexo (c2 = 0,057; p = 0,972) e motiva&&o
para interromper o uso do tabaco (c2=12,30; p=0,266),
n&o se encontrando associa&&o significativa em nenhum dos
An&lise fatorial
Utilizaram-se, com o intuito de comprovar a adequa&&o
dos dados do QSU-B para a an&lise fatorial, o Kaiser-Meyer-Olkin (KMO)
e o Teste de Bartlett. Os resultados destes foram, respectivamente, 0,951 e
p & 0,05 e comprovaram que a utiliza&&o da ANOVA seria adequada
para a valida&&o dessa escala. Na ,
est&o distribu&das as quest&es nos fatores e categorias
da escala a partir da utiliza&&o da rota&&o Promax.
O crit&rio utilizado para a coloca&&o
dos itens nos fatores foi o descrito por Tiffany e Drobes, que consideraram,
na valida&&o original, como pertencentes ao fator, itens com carga
fatorial igual ou superior a 0,40, cuja carga no outro fator fosse menor que
0,25, devendo, a diferen&a entre ambas, ser de, pelo menos, 0,20. Os
fatores 1 e 2 do QSU-B apresentaram autovalor de 6,85% e 0,992% e vari&ncia
de 68,54% e 9,92%, respectivamente, sendo o total da vari&ncia equivalente
a 78,46% e a correla&&o entre os dois fatores significativa e
de alta intensidade (r = 0,636; p = 0,000).
Para avaliar a consist&ncia interna do
instrumento pesquisado foram, inicialmente, calculados os valores de alfa de
Cronbach no question&rio como um todo, em seus dois fatores e em suas
categorias. O alfa total foi de 0,85 (10 itens), o do fator 1, 0,95 (4 itens),
e o do fator 2, 0,92 (3 itens). Ao serem calculados valores de alfa das categorias,
obtiveram-se: 0,92 para Desejo de fumar (3 itens), 0,80 para Antecipa&&o
do resultado positivo (2 itens), 0,81 para Al&vio dos sintomas de abstin&ncia
ou afeto negativo (2 itens) e 0,79 para Inten&&o de fumar (3 itens).
A regress&o linear, com o m&todo
stepwise, verificou, entre as quatro categorias do QSU-B, quais eram
as vari&veis preditoras dos fatores 1 e 2. O modelo que melhor explicou
o fator 1 foi o composto por: Inten&&o de fumar, Antecipa&&o
do efeito positivo, Al&vio dos sintomas de abstin&ncia ou Afeto
negativo e desejo de fumar [R2 = 0,949; f (4,196) = 905,91; p &
0,01], e o que melhor explicou o fator 2 foi o formado por: Al&vio dos
sintomas de abstin&ncia ou Afeto negativo e Inten&&o de
fumar [R2 = 0,951; f (2,198) = 1918,73; p & 0,01]. Os valores
dos coeficientes beta das vari&veis componentes desses modelos de cada
fator podem ser observados na .
Craving e tempo de abstin&ncia
Foram comparadas, por meio da ANOVA, e apresentadas,
na , as varia&&es do craving,
nos diferentes tempos de abstin&ncia, mensuradas pelo escore total
do QSU-B, pelo escore de seus fatores e categorias, bem como pela pontua&&o
na Escala Anal&gico-Visual.
Craving e fatores associados
Empregou-se o coeficiente de correla&&o
linear de Pearson no estudo correlacional entre o total de pontos do QSU-B e
algumas outras vari&veis. Constataram-se correla&&es positivas
de baixa (0,20 & r & 0,40) ou muito baixa (0 & r & 0,20) intensidade
com o total de pontos da Fagerstr&m (r = 0,237; p = 0,001), com os sintomas
de depress&o (r = 0,229; p = 0,001), de ansiedade (r = 0,184; p = 0,011)
e com a quantidade de cigarros consumida por dia (r = 0,148; p = 0,036). N&o
se identificou correla&&o entre o total do QSU-B e: idade (r =
- 0,054; p = 0,450), escolaridade (r = - 0,051; p = 0,476), idade de in&cio
do tabagismo (r = 0,009; p = 0,895), tentativas de parar de fumar (r = - 0,057;
p = 0,426), n&mero de tratamentos para o tabagismo (r = 0,081; p = 0,254),
tempo de consumo de tabaco (r = - 0,047; p = 0,510) e motiva&&o
para parar de fumar (r = - 0,114; p = 0,109). Na ,
efetuou-se a compara&&o das correla&&es encontradas,
mais especificamente com os fatores 1 e 2 do QSU-B.
N&o se observou, segundo o teste t de
Student para amostras independentes, diferen&a significativa quanto
ao sexo, tanto no escore total do QSU-B (t = - 1,336; p = 0,183) quanto no fator
1 (t = - 0,998; p = 0,319), no fator 2 (t = - 1,676; p = 0,096) e nas categorias
Desejo de fumar (t = - 1,253; p = 0,212), Antecipa&&o do efeito
positivo (t = - 1,239; p = 0,217), Al&vio dos sintomas de abstin&ncia
ou afeto negativo (t = - 1,712; p = 0,089) e Inten&&o de fumar
(t = - 0,985; p = 0,326).
Validade convergente
Na compara&&o do total de pontos
do QSU-B com as demais escalas ou subescalas que avaliam o craving, verificou-se
correla&&o positiva de alta intensidade entre o total de pontos
do QSU-B e a Escala Anal&gico-Visual (r = 0,656; p = 0,000) e correla&&es
positivas e de baixa intensidade com as quest&es 1 (r = 0,201; p = 0,004)
e 2 da Fagerstr&m (r = 0,257; p = 0,000).
A vers&o brasileira do QSU-B apresentou
excelente consist&ncia interna tanto na escala total com 10 itens como
nos fatores 1 e 2 e nas categorias de avalia&&o. Mesmo as categorias
que continham menos quest&es conseguiram ter seus alfa de Cronbach bem
acima de &ndice de 0,70 definido por Rowland et al. (1991) como
sendo capaz de confirmar que os itens de uma escala avaliam de modo consistente
o mesmo constructo.
Houve um cuidado para avaliar se n&o seriam
observadas diferen&as significativas nos tr&s tempos de abstin&ncia
com rela&&o &s vari&veis que poderiam estar associadas
ao craving, como tempo de tabagismo, gravidade da depend&ncia,
tentativas de interromper o uso do tabaco e tratamentos pr&vios para
o tabagismo, o que demonstra que essas vari&veis n&o interferiram
nos resultados do experimento. Ao compararem grupos, na valida&&o
do QSU, utilizando o crit&rio tempo de abstin&ncia, Tiffany e Drobes
(1991) tamb&m defenderam a import&ncia de que houvesse um cuidado
especial quanto & forma dessa distribui&&o, para que esses
grupos n&o ficassem muito heterog&neos.
Foi poss&vel comprovar a sensibilidade
desse instrumento para mensurar as altera&&es no craving
ocorridas em decorr&ncia do tempo de abstin&ncia por interm&dio
de todas as suas dimens&es, por&m a escala n&o foi sens&vel
o suficiente para identificar as mudan&as no intervalo de 30 minutos
sem fumar. A diferen&a quanto a esse &ltimo per&odo s&
foi captada quanto & categoria Inten&&o de fumar. Isto
pode ter acontecido em fun&&o de a gravidade da depend&ncia
de nicotina dos grupos ser leve, o que ser& mais bem discutido nas limita&&es
deste estudo. A escolha do tempo de abstin&ncia como crit&rio para
a manipula&&o do craving foi feita com base no estudo de
Tiffany e Drobes (1991), j& que n&o foram publicados trabalhos
com o QSU-B utilizando esse tipo de crit&rio.
Obteve-se, por interm&dio do KMO e do
teste de Bartlett, seguran&a para que se pudesse utilizar a an&lise
fatorial na valida&&o da escala, sendo, ent&o, poss&vel
ser replicada a mesma an&lise estat&stica feita pelos autores
tanto da escala completa (Tiffany e Drobes, 1991) como da sua vers&o
abreviada (Cox et al., 2001).
O resultado quanto & divis&o das
quest&es nos dois fatores encontrados na vers&o brasileira foi
muito parecido com o observado na an&lise fatorial de Cox et al.
(2001). A &nica diferen&a foi que a primeira teve tr&s quest&es
(n&meros 2, 5 e 6) que n&o tiveram sua carga fatorial, de acordo
com os crit&rios estabelecidos, como pertencentes a um &nico fator,
e, desta forma, optou-se pela n&o-inclus&o dessas quest&es
na soma dos pontos dos fatores 1 e 2, somente no somat&rio total.
Verificaram-se, pela regress&o linear,
os modelos que melhor explicariam cada um dos fatores do QSU-B e os resultados
demonstraram que, no fator 1, o craving estava relacionado & qualidade
de refor&o positivo do tabaco e, no fator 2, & qualidade de refor&o
negativo. O fator 1, inclusive, apresentou um coeficiente beta negativo para
a categoria refor&adora negativa Al&vio dos sintomas de abstin&ncia
ou afeto negativo, o que mostra a rela&&o inversa que existe entre
ambos. Por outro lado, os maiores coeficientes beta foram os das categorias
Inten&&o de fumar e Antecipa&&o do efeito positivo,
sendo esta &ltima tipicamente refor&adora positiva. O fator 2,
por&m, teve em seu modelo o Al&vio dos sintomas de abstin&ncia
ou afeto negativo com alto valor do coeficiente beta, o que reflete a forte
participa&&o dessa categoria, refor&adora negativa nesse
segundo fator.
Tais resultados do fator 1 como refor&ador
positivo e do 2 como refor&ador negativo n&o foram id&nticos
aos descritos por Cox et al. (2001), que tiveram achados mais parecidos
com os da valida&&o do QSU (Tiffany e Drobes, 1991), por&m
assemelharam-se ao que foi verificado por Willer et al. (1995) ao pesquisarem
a vers&o original de 32 quest&es.
Os fatores 1 e 2, apesar de distintos, est&o
altamente correlacionados como no estudo de Cox et al. (2001), no entanto
essa correla&&o, sendo menor que 0,80, confirma que esses fatores
n&o avaliam exatamente os mesmos quesitos (Ferrans e Powers, 1992). Ao
se analisar a correla&&o dos fatores do QSU-B com suas categorias,
por outro lado, observou-se um resultado interessante que confirma a condi&&o
de refor&o positivo do fator 1 e de negativo do fator 2: as correla&&es
do primeiro foram positivas e de muito alta intensidade (r & 0,80), com as
categorias Desejo de fumar, Antecipa&&o do efeito positivo e Inten&&o
de fumar, sendo de baixa intensidade com a categoria Al&vio dos sintomas
de abstin&ncia ou afeto negativo. As correla&&es do fator
2 foram de alta intensidade com todas as categorias, menos com a que se refere
a Al&vio dos sintomas de abstin&ncia ou afeto negativo, com a qual
teve correla&&o de muito alta intensidade (Bisquerra et al.,
O craving foi correlacionado com a quantidade
de cigarros consumida por dia, com a gravidade da depend&ncia do tabaco
e com sintomas de depress&o e de ansiedade, o que j& foi comentado
em outros estudos (Cavallo e Pinto, 2001; Delfino et al., 2001, Pomerleau
et al., 2001), por&m n&o teve correla&&o
com vari&veis como idade, idade de in&cio do uso do tabaco, tempo
de consumo e motiva&&o para mudan&a, o que contrasta com
o que alguns autores descreveram (Tiffany e Drobes, 1991; Becona, 2001; Broms
et al., 2004; Daughton et al., 1999). Apesar de as m&dias
de pontos das escalas que avaliam ansiedade e depress&o n&o terem
sido altas, a presen&a dessa correla&&o indica a import&ncia
da avalia&&o da comorbidade psiqui&trica em tabagistas,
para que possa haver melhor controle do craving.
O fato de o craving n&o estar correlacionado
com a escolaridade foi importante, na medida em que a m&dia dessa vari&vel,
neste estudo, foi alta, o que poderia configurar um vi&s. Esse resultado,
no entanto, foi diverso do identificado por Broms et al. (2004), que
avaliaram que um mais alto grau de escolaridade seria, inclusive, um facilitador
quando se iniciasse o processo de cessa&&o do uso do tabaco.
N&o foi poss&vel, pelos resultados
da amostra brasileira, concordar com o que foi publicado por Field e Duka (2004),
que observaram que as mulheres tinham um craving mais intenso do que
os homens ao serem apresentados est&mulos tabaco-relacionados.
Na valida&&o convergente do QSU-B,
verificou-se correla&&o tanto com a Escala Anal&gico-Visual
quanto com as quest&es 1 e 2 da Fagerstr&m, o que reflete que esse
question&rio, em sua vers&o brasileira, tem condi&&es
de avaliar o craving. No entanto, & preciso destacar que, em fun&&o
do QSU-B, ao contr&rio dos instrumentos utilizados na valida&&o
convergente, ao se contemplar uma avalia&&o multidimensional do
craving, os valores das correla&&es n&o foram muito
altos, chegando mesmo a ser baixos, como no caso das quest&es de Fagerstr&m
que n&o s&o utilizadas unicamente com o objetivo de avaliar o
craving pelo cigarro.
Alguns autores j& haviam defendido a id&ia
de que as escalas unidimensionais n&o s&o capazes de avaliar o
craving de uma forma completa, devendo-se, quando poss&vel, optar
por escalas multidimensionais, como & o caso tanto do QSU como do QSU-B
(Cox et al., 2001; Tiffany e Drobes, 1991; Singleton et al., 2003).
Deve-se observar que a valida&&o
brasileira foi realizada com sujeitos com elevado grau de escolaridade e que
tinham um grau leve de depend&ncia da nicotina, o que pode ter interferido
nos seus resultados. Quanto & gravidade da depend&ncia, pode-se
inferir, inclusive, que tenha sido um fator associado ao resultado, demonstrando
n&o haver diferen&a significativa no craving entre os grupos
1 (0 minuto em abstin&ncia) e 2 (30 minutos em abstin&ncia), na
medida em que os sujeitos com depend&ncia mais leve conseguem suportar
um intervalo maior entre a utiliza&&o de um cigarro e outro.
Deve-se destacar a import&ncia de que sejam
constru&das e validadas mais escalas para avalia&&o do
craving por subst&ncias psicoativas, j& que estas s&o
instrumentos &teis tanto na pesquisa quanto na pr&tica cl&nica
na &rea da depend&ncia qu&mica.
Foi poss&vel demonstrar que a vers&o
brasileira do QSU-B & um instrumento com satisfat&rias propriedades
psicom&tricas, tendo condi&&es de avaliar adequadamente
o craving de forma multidimensional em indiv&duos com depend&ncia
do tabaco.
&E importante salientar que escalas breves
devem ser cada vez mais utilizadas, em virtude da facilidade, rapidez e menor
custo de sua aplica&&o. O QSU-B instrumentaliza, por meio de seus
fatores 1 e 2, os terapeutas a direcionarem suas interven&&es
ao tratarem dependentes de nicotina.
Esse question&rio pode auxiliar n&o
s& quanto & avalia&&o da necessidade de uma abordagem
farmacol&gica, mas tamb&m em termos da import&ncia de que
seja disponibilizado um maior tempo para a utiliza&&o das t&cnicas
de manejo de craving na terapia cognitivo-comportamental. Assim, com
esses recursos, terapeuta e cliente se sentir&o mais fortalecidos ao
enfrentarem o constante desafio implicado na manuten&&o da abstin&ncia
do tabaco.
Agradecimentos
&A Dra. Lisa Cox, da University of Kansas
School of Medicine, e ao Dr. Dr. Stephen Tiffany, da Purdue University (EUA),
pelas autoriza&&es dadas para a valida&&o do QSU-B
no Brasil e publica&&o da vers&o brasileira dessa escala,
e ao Dr. David Drobes, da Purdue University, pelo aux&lio no processo
de valida&&o.
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Endere&o para correspond&ncia:
Renata Brasil Araujo
Rua Santa Cec&lia, 1.556
 – Porto Alegre, RS
Fone: (51) /Fax: (51)
Recebido: 18/06/2006
Aceito: 11/09/2006
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